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segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Sequência de Crimes em Magé - RJ

Em menos de 24 horas, Magé passa por momentos de medo motivado por homicídios.

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A cidade de Magé-RJ, não havia descansado com tranquilidade de sexta-feira para o sábado e um novo homicídio ganha as páginas do Web Jornal Magé Online.com.
Na noite de 22 para 23 de fevereiro, o jovem, Leonardo Villela, morador do 1º distrito de Magé, foi abordado em sua casa, na rua paralela ao recente crime, que devastou a cidade de insegurança devido a brutalidade com que fora cometido. Leonardo morava a menos de 200 metros do local que vitimou Cinara Regina Portella, de 68 anos, que foi assassinada e sua filha, Tânia Aparecida de Oliveira, de 42, que teria tido um relacionamento amoroso com Tânia, que se recupera no hospital de Saracuruna, depois de ter sido ataca em sua residência. Para a polícia, Tânia é a pessoa que poderá ajudar a elucidar os crimes, que podem ter ligação na morte de Leonardo.
Leonardo Villela, carinhosamente conhecido como "Xuxinha", 32 anos, segundo relatos de populares, foi abordado em sua casa por desconhecidos, por volta das 22:00h do sábado e levado para o bairro de Nova Marília, nas imediações da rua, Roberto Bussinger e cruelmente assassinado. Policiais do 34º Batalhão da Polícia Militar da cidade, que acompanharam o caso, disseram não acreditar no estado do rapaz, quando chegaram ao local, os Sargentos, Valtencir F. Simpson e Ney Augusto, declararam, que contaram pelo menos 15 perfurações de projétil de arma de fogo, possivelmente calibre 380 e um tiro no ouvido, confirmando o óbito da vítima. Não há relatos de qualquer relação deste homicídio com os de sexta-feira, embora Leonardo fosse amigo da família, de dona Cinara e sua filha, Tânia. Leonardo era um rapaz tranquilo e muito estimado pela sociedade mageense, trabalhava com políticos da cidade e sempre teve participação ativa nas campanhas eleitorais.
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A pericia esteve no local e constatou o fato da vítima ter sido morto por múltiplas perfurações de arma de fogo e arrecadou no local três cápsulas deflagradas e um projétil amassado. o homicídio foi registrado na delegacia local, 66ª DP, e ficará a cargo do delegado titular, Robson da Costa Ferreira e sua equipe, que dispõe de vasta experiência na apuração de crimes de homicídios, tendo também, recentemente elucidado o homicídio da cabeleireira, Fabiana Barbosa de Lima, de 34 anos, em 2 de julho de 2012, em poucos dias.
crime-2Com medo da violência, mageenses adotam mudanças no trânsito, em casa, na forma de ir ao banco e até para saídas durante o dia.
Esperamos que Magé possa viver com mais tranquilidade, esses casos de homicídios deixam marcas profundas na população, que passa a temer por suas próprias vidas e de seus familiares. Uma terrível sensação de insegurança, que pode causar danos maiores a saúde.
Especialistas em comportamento humano afirmam que o estresse gerado pela violência pode afetar não apenas as pessoas que são vítimas da criminalidade, mas também as que estão próximas a ela, as que ficam sabendo do crime e até quem só analisa as estatísticas.
“Só o fato de ver na tevê, ler nos jornais e na internet notícias sobre casos mais graves é suficiente para desenvolver essa sensação de invasão da insegurança e do estresse”, afirmou o médico psiquiatra e autor do livro: Estresse Positivo, Tabajara Dias de Andrade. O médico explicou que a angústia da violência é espalhada rapidamente entre as pessoas e isso provoca tensão coletiva. “Quando somos vítimas de violência o corpo se prepara para lutar ou fugir, ele fica tenso. Esse é um problema muito sério que precisa de atenção e deve ser tratado antes que piore”, afirmou. Uma das principais doenças causadas pela violência urbana é a síndrome do pânico.

Crime Bárbaro na Baixada Fluminense - RJ

Crime Bárbaro em Magé-RJ.

Mãe é morta e violentada, filha escapa com vida após sofrer violência sexual.

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Um crime bárbaro, com requintes de crueldade, deixou a população de Magé, nesta manhã de sexta-feira, 22 de fevereiro, em situação de perplexidade e medo, diante do quadro que vitimou, Cinara Regina Portella, de 68 anos e sua filha, Tânia Aparecida de Oliveira, de 42.
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Por volta das 13h, no centro da cidade de Magé, a vítima de estupro, Tânia, ligou para a tia, onde trabalha, e comunicou que estava muito machucada, sem dar muitos detalhes do que acontecera, encerrou a ligação. Sua tia sem entender o que acontecia, ligou para parentes que moram ao lado e pediu ajuda no sentido de esclarecer o que havia acontecido com Tânia, moradora da rua Padre Anchieta, ao lado da Igreja Nossa Senhora da Piedade. Desconfiados do comportamento incomum das duas mulheres, parentes adentraram a casa e depararam-se com o que seria uma cena de horror. Dona Cinara completamente despida e com ferimentos de pancadas de paralelepípedo na cabeça, já em óbito e sua filha, Tânia em estado de choque, com aparente características de violência sexual e muito ferida. Sem esboçar um gesto sequer, foi encaminhada ao Hospital de Saracuruna, que até ao final da tarde, ainda se encontrava em estado abalado com a crueldade que fora submetida.
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Policiais do 34º BPM e da 65º DP, investigam a possibilidade de Alexssandro Lopes de Melo, 39 anos, ter cometido o assassinato e violentado sexualmente as duas mulheres. O morador de rua, por várias vezes fora expulso da residência das vítimas e de seus parentes, que moram ao lado. Aparentemente desequilibrado e com problemas psicológicos, o rapaz, não apresentava comportamento violento. Segundo o Delegado Robson da Costa Ferreira da Silva, não há elementos comprobatórios que incriminem Alexssandro, uma investigação já está em curso, na tentativa de elucidar o caso, o suspeito, está sob custodia policial, no Hospital da Magé.
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Este é o segundo caso que abala a cidade, em menos de um ano, dois crimes bárbaros tiram a tranquilidade do cidadão mageense, que tem baixos índices de homicídios como o de hoje, cruel e desumano. A segurança do município é regular e não há registro de prática de crimes dessa natureza, praticados com tamanha violência, aditivado com requintes de tamanha crueldade.
Mais um caso de polícia para estatísticas de violência contra a mulher, um descalabro que a cada dia vem estabelecendo marcas significativas envolvendo por vezes discriminação e preconceito, que pode assumir diversas formas que não uma agressão sociopática de natureza sexual e perversa no sentido psicanalítico do termo, até formas mais sutis como assédio sexual, discriminação, desvalorização do trabalho doméstico de cuidados com a prole e maternidade.

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Chinesa solteiras 'alugam' namorados!

Chinesas solteiras 'alugam' namorados para apresentar à família



Casal (Foto Getty Image)
Namorados de aluguel chineses cobram US$6 por beijo na bochecha e US$95 para dormir no sofá
Nesta época do ano, milhares de chinesas solteiras se preparam para voltar para a casa dos pais para comemorar o Ano Novo Chinês e em muitos casos é grande a pressão para que levem junto um "companheiro".
As famílias chinesas esperam que as jovens que estão se aproximando da faixa dos 30 anos se casem o quanto antes e a frustração e ansiedade das que nem sequer têm um namorado para levar nas comemorações é grande.
 
Mas para essas chinesas a internet já oferece uma solução inusitada: os "namorados de aluguel" oferecidos em centenas de anúncios de classificados e websites.
No site de compras online Taobao, por exemplo, por US$ 50 (R$ 99) por dia é possível contratar um jovem que finge ser namorado de uma chinesa solteira durante suas férias.
Alguns anúncios oferecem uma ampla gama de possibilidades relacionadas a esse "serviço".
Por US$ 5 (R$ 9,9) por hora o "namorado de aluguel" pode acompanhar uma moça em um jantar e por US$ 8 (R$ 15,8) pode lhe dar um beijo na bochecha.
Se o namorado falso tiver de passar a noite com a família de sua cliente para o Ano Novo Chinês, cobra US$ 80 (US$158) por noite para dormir em uma cama própria e US$ 95 (R$188,8) para dormir no sofá.
Sexo não é uma opção.

Exemplo

Li Le, um vendedor de produtos agrícolas de Tianjin, é um dos jovens que oferecem seus serviços como namorado de aluguel.
Este é o primeiro ano em que ele está tentando trabalhar como "namorado falso" no Ano Novo Chinês em vez de viajar para casa para ver sua própria família, na província de Hebei, no centro da China.
Li diz que não entrou no ramo por dinheiro.
"Eu poderia encontrar alguém que compartilha meus interesses, o que faria nós dois felizes", afirma.
Até agora, trinta mulheres entraram em contato com o vendedor, mas ele diz que ainda não encontrou ninguém que confiasse nele suficientemente para convidá-lo para a casa de sua família no Ano Novo Chinês.
Li tem esperanças de que "alguém especial" responderá a seu anúncio: "O melhor resultado para mim seria encontrar alguém para casar."
O vendedor tem de onde tirar inspiração. Uma série de grande sucesso da TV chinesa tem como enredo principal justamente um homem solteiro que se apaixona pela "namorada de aluguel" que contrata para apresentar para a família.

Clientes homens

Alguns homens solteiros também contratam "namoradas" - por exemplo, no caso de gays que não querem que os pais saibam sobre sua orientação sexual.
Mas Zhou Xiaopeng, consultora de relacionamentos, explica que em geral são as mulheres que mais se sentem pressionadas para encontrar um marido.
Para ela, essa pressão social para que os jovens chineses casem e constituam uma família a qualquer custo tende a arrefecer com o tempo.
"Quando as pessoas nascidas nos anos 80 ou 90 tiverem filhos em idade de se casar, não vão querer que eles sofram a mesma pressão", afirma. "Mas essa mudança deve levar 20 ou 30 anos."
Se Zhou estiver certa, os acompanhantes de aluguel chineses ainda têm algumas décadas para aproveitar esse nicho de mercado.



Fonte: BBC

Chinesas 'encalhadas' aos 27 anos!


Chinesas 'encalhadas' aos 27 anos lutam contra estigma

Noivas chinesas (Foto: Getty Images)
Na China, jovens que não se casam sofrem pressão da família e até mesmo da imprensa estatal
Mais de 27 anos? Solteira? Mulher? Na China, você poderia ser rotulada como "encalhada" pelo Estado – mas algumas mulheres chinesas nos dias de hoje estão felizes por serem solteiras.
Huang Yuanyuan trabalha até tarde na redação de uma estação de rádio em Pequim. Ela está nervosa com o fato de, no dia seguinte, fazer 29 anos.
 
"Assustador. Estou um ano mais velha", diz.
Por que?
"Porque ainda estou solteira. Não tenho namorado. Estou sob grande pressão para casar."
Huang é uma jovem bonita e confiante, com um bom salário, seu próprio apartamento, um mestrado em uma das melhores universidades chinesas e amigos ricos.
Apesar disso, ela sabe que mulheres solteiras, urbanas e instruídas como ela são chamadas de "encalhadas" na China – e isso incomoda.
Pode parecer estranho chamar mulheres de 27 ou 30 anos de "encalhadas", mas na China há uma antiga tradição de mulheres se casarem jovens.
No entanto, a idade com que as mulheres se casam vem aumentando, como costuma acontecer em lugares onde as mulheres atingem um nível mais alto de educação.
Em 1950, a idade média com que mulheres urbanas se casavam na China era abaixo de 20. Nos anos 1980, era de 25. Atualmente é em torno de 27.

Desequilíbrio

Huang se sente pressionada por seus amigos e sua família, e a mensagem também é repetida pela imprensa estatal chinesa.
Até mesmo o site da governista e supostamente feminista Federação Nacional da Mulher Chinesa trazia artigos sobre "mulheres encalhadas", até que várias reclamaram.
A imprensa estatal começou a disseminar esse termo em 2007. Naquele mesmo ano, o governo alertou que o desequilíbrio de gênero na China – causado por abortos seletivos, por causa política do filho único – era um problema grave.
"Essas garotas esperam continuar sua educação para aumentar sua competitividade. A tragédia é que elas não percebem que, à medida que as mulheres envelhecem, elas valem cada vez menos. Então, quando elas conquistam seu mestrado ou doutorado, elas já estão velhas – como pérolas amareladas", diz um trecho de um artigo cujo título é algo como "Mulheres encalhadas não merecem nossa simpatia", publicado no site da Federação Nacional da Mulher Chinesa em março de 2011.
Nos últimos meses, a federação retirou o termo de seu site, e agora se refere a mulheres solteiras "velhas" (classificação para as que têm mais de 27 anos ou, às vezes, mais de 30), mas o termo "encalhada" continua sendo amplamente usado em outros locais.
Segundo o escritório nacional de estatísticas da China, na faixa etária de menos de 30 anos, o número de homens supera o de mulheres em 20 milhões.
Dados do Censo na China mostram que cerca de uma em cada cinco mulheres com idades entre 25 e 29 anos são solteiras.
A proporção de homens solteiros nessa faixa etária é maior – mais de um terço. Mas isso não significa que eles terão facilidade em encontrar uma parceira, já que os homens chineses tendem a se casar com mulheres mais novas e com grau de educação menor.
"Há a opinião de que homens classe A vão encontrar mulheres classe B, homens classe B vão encontrar mulheres classe C, e homens classe C vão encontrar mulheres classe D", diz Huang Yuanyuan.
"Quem sobra são as mulheres classe A e os homens classe D. Então, se você é uma encalhada, você é classe A."

Qualidade

Mas são as mulheres "classe A", inteligentes e com alto nível de educação, que o governo quer ver tendo filhos, diz Leta Hong-Fincher, americana que faz seu doutorado em sociologia na Universidade de Tsinghua, em Pequim.
Ela cita uma declaração sobre população divulgada pelo Conselho de Estado da China em 2007.
"Dizia que a China enfrentava uma pressão populacional sem precedentes, e que no geral a qualidade da população é muito baixa, então o país precisa elevar a qualidade da população."
Alguns governos locais da China começaram a organizar eventos nos quais mulheres jovens e de alto nível de instrução podem encontrar solteiros.
Mas a tendência de menosprezar mulheres de certa idade que não são casadas não é exclusivamente uma atitude promovida pelo governo.
Chen (o nome foi trocado a pedido da entrevistada), que trabalha para uma consultoria de investimentos, sabe disso muito bem.
Ela é solteira e aproveita a vida em Pequim, longe de seus pais, que vivem em uma cidade conservadora do sul do país e que, diz ela, têm vergonha de ter uma filha solteira de 38 anos.
"Eles não querem que eu vá com eles a encontros sociais, porque não querem que os outros saibam que têm uma filha tão velha e ainda solteira", diz ela.
Os pais de Chen já tentaram arranjar encontros às escuras para ela. Seu pai chegou a ameaçar renegá-la caso ela não se casasse até o fim do ano. Agora eles dizem que, se ela não encontrar um homem, deve voltar para casa e morar com eles.
Chen sabe o que quer – alguém que seja "honesto e responsável" e boa companhia, ou simplesmente ninguém.


Fonte: BBC

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Grêmio coloca o Flu na roda e vence

Grêmio vence o Fluminense e embola o grupo da Libertadores
Rio - O Grêmio mostrou seu lado copeiro mais uma vez. O Tricolor Gaúcho anulou o Fluminense e soube explorar as laterais do campo para vencer o rival, nesta quarta-feira, no Engenhão, por 3 a 0. Com a vitória, o Grêmio embola o Grupo 8 da Libertadores. Agora, todos os clubes têm três pontos.
 
Em atuação apática, Fluminense cai no Engenhão: tudo embolado no Grupo 8 da Libertadores
 
Pelo saldo de gols, o Grêmio aparece em primeiro lugar do grupo. Caracas, com a vitória sobre o Huachipato, está em segundo. O clube chileno ocupa a terceira colocação. O Flu caiu para a quarta posição. Na próxima rodada, na quarta-feira, o Fluminense encara o Huachipato no Chile. O Grêmio volta a campo em março, no dia 5, e recebe o Caracas.

Abel Braga mandou a campo a equipe que venceu o Caracas na primeira rodada, com o quarteto Wagner, Rafael Sobis, Wellington Nem e Fred. Deco e Thiago Neves começaram o jogo no banco. O Tricolor não conseguiu envolver o Grêmio e teve uma atuação apática. E ainda viu o rival ser letal pelas laterais. No primeiro tempo, o clube gaúcho usou a esquerda para assustar. Na etapa final o caminho escolhido foi a direita.

O JOGO

O primeiro tempo foi truncado. As equipes produziram pouco ofensivamente. O Grêmio conseguia conter o Fluminense, sobretudo as escapadas de Wellington Nem, que pediu pênalti em lance com Cris. Fred e André Santos chegaram a discutir depois da jogada. O Tricolor Gaúcho apostou nas jogadas pelo lado esquerdo. André Santos levou perigo com um chute cruzado.
Foto: André Mourão / Agência O Dia
Wellington Nem pede pênalti em lance com Cris | Foto: André Mourão / Agência O Dia
O Grêmio ameaçou então em bola parada. Em escanteio pela esquerda, Elano obrigou Diego Cavalieri a espalmar e a ceder mais uma cobrança. Nesta, Bruno segurou Barcos, mas desviou contra o próprio patrimônio: 1 a 0. A arbitragem deu o gol para o Pirata.
Foto: André Mourão / Agência O Dia
Barcos brilha e acaba com o Fluminense | Foto: André Mourão / Agência O Dia
Novamente pela esquerda, André Santos apareceu bem e chutou cruzado. A bola passou pela área. O Fluminense tentou partir para cima, mas não conseguiu ameçar o rival. A torcida ficou impaciente e pediu Deco.

Abel atendeu ao pedido da torcida e voltou para o segundo com Deco na vaga de Wagner. O Fluminense tentou pressionar e se descuidou atrás. Pela direita, Vargas achou Barcos. O Pirata entortou Bruno e chutou. Diego Cavalieri deu rebote. Impedido, André Santos completou para o gol: 2 a 0. A arbitragem errou e validou o lance.

O técnico do Fluminense fez mais uma substituição: tirou Wellington Nem e colocou Thiago Neves. A torcida vaiou Abel. Depois, ele tirou Sobis o pôs Samuel. O Flu não vencia a muralha do Grêmio.

O lado direito tricolor continuou exposto. Zé Roberto chutou e obrigou Cavalieri a salvar. Da outra vez não teve jeito. Pelo mesmo lado, Vargas recebeu e chutou com força. O goleiro tocou na bola, mas ela morreu no fundo da rede: 3 a 0.

O Grêmio controlava o jogo. E por pouco não fez o quarto gol. Elano recebeu na entrada da área e soltou a bomba. A bola bateu na trave. Com o jogo resolvido, o Tricolor Gaúcho passou a tocar a bola. Teve até grito de olé. O Grupo 8 da Libertadores está embolado.

Fonte: ODia

Torcedor de 14 anos morre e Corinthias deve ser desclassificado da Libertadores

 

Código Disciplinar da Conmebol condena comportamento indevido de torcedores

São Paulo - Após o jogo de estreia do Corinthians na Libertadores, o técnico Tite disse com a voz embargada que "trocaria o título mundial pela vida do menino" que foi atingido por um rojão no Estádio Jesús Bermudez, e acabou morrendo. Não chega a tanto, mas o clube paulista pode sofrer séria punição, caso se comprove a denúncia de policiais de que o sinalizador foi lançado pela torcida corintiana e, é claro, se cumpra à risca a nova regulamentação da Conmebol.
Torcedores do Corinthians foram detidos no estádio Jesús Bermudez | Foto: Divulgação Site do Corinthians
Torcedores do Corinthians foram detidos no estádio Jesús Bermudez | Foto: Divulgação Site do Corinthians
Nesse caso, o Corinthians pode ser excluído do atual torneio e mesmo de Liberadores futuras, em período a ser determinado pela Conmebol. O Artigo 18 do novo Código Disciplinar é bem claro nesse sentido. Diz que os clubes podem ser punidos em razão de comportamento indevido de sua torcida.

A punição, dependendo da gravidade, vai de perda de pontos até a exclusão da competição em questão. O processo, no entanto, depende da denúncia por parte do San José para que a Conmebol tome providências, o que ainda não foi feito.
Kevin Douglas Beltran Espada morreu após ser atingido por rojão no rosto | Foto: Reprodução Internet
Kevin Douglas Beltran Espada morreu após ser atingido por rojão no rosto | Foto: Reprodução Internet
 

















A tragédia no Jesús Bermudez, em Oruro, na Bolívia, ocorreu logo após o gol do Corinthians, na partida que terminaria empatada em 1 a 1.

O rojão atingiu um dos olhos do adolescente Kevin Douglas Beltrán Espada, de 14 anos, que não resistiu e morreu, causando a revolta da torcida do San José. A situação ficou tensa a ponto de seguranças do estádio optarem por retirar dos camarotes integrantes da diretoria corintiana.
A suspeita de que o rojão partiu dos torcedores do Timão se baseia em declarações dos próprios policiais que trabalhavam no local.

O assunto vai ser averiguado com imagens de TV, sendo que testemunhas também serão ouvidas. Alguns torcedores do Corinthians foram detidos e ainda se encontram na Bolívia.

domingo, 17 de fevereiro de 2013

Admiração ao Nazismo em Fazenda no interior de SP

Escombros de fazenda no interior de SP revelam passado de admiração ao nazismo
 

Os tijolos que hoje se desprendem de uma velha capelinha da fazenda Cruzeiro do Sul, em Buri (SP), servem como pistas para rastrear como um integrante de um abastado clã do Rio de Janeiro transformou sua propriedade num testemunho de admiração ao nazismo nos anos 1930.
Nessa fazenda, os blocos de barro eram feitos com uma suástica estampada.

Carlos Cecconello/Folhapress
O tropeiro "Tatão" exibe tijolo com a suástica nazista usado na fazenda Cruzeiro do Sul, em Buri (SP)
O tropeiro "Tatão" exibe tijolo com a suástica nazista usado na fazenda Cruzeiro do Sul, em Buri (SP)

Alguns desses tijolos viraram material para pesquisadores, assim como fotografias de bois marcados a ferro quente com o símbolo nazista, bandeiras e uma série de outros documentos encontrados na propriedade em Buri.
Sérgio Rocha Miranda cuidava da fazenda Cruzeiro do Sul. A propriedade vizinha, a Santa Albertina, ficava sob os cuidados de seu irmão, Oswaldo Rocha Miranda.
Nela, funcionava uma espécie de fazenda-orfanato para 50 meninos mantidos em um regime quase escravo.
Com idades entre 9 e 12 anos, esses garotos (somente dois deles brancos) foram entregues a Oswaldo em 1933 e 1934, após decisão judicial.
Todos haviam sido abandonados no orfanato católico Educandário Romão de Mattos Duarte, no Rio, e foram retirados de lá por Oswaldo com a promessa de terem uma vida melhor, segundo Aloysio Silva, 89, o "menino número 23" da lista de 50.
"Era uma vida diferente da prometida. Era castigo por tudo, trabalhava muito, até de fazer a mão sangrar", conta Aloysio, o número 23.
Os irmãos Maurício e Ângela Miranda, herdeiros da Santa Albertina, contestam a versão de que seus dois tios-avôs fossem nazistas que escravizaram os meninos.
As fazendas, que se espalhavam por área que hoje alcança três municípios, chegaram à família via Luis Rocha Miranda, simpatizante do movimento fascista Ação Integralista Brasileira.
Pai de Sérgio e Oswaldo, Luis comprou as propriedades do brigadeiro Rafael Tobias de Aguiar (1794-1857), fundador da PM de São Paulo.
As primeiras marcas da simpatia de Sérgio pelo nazismo foram descobertas em 1997 pelo tropeiro José Ricardo Rosa Maciel, 55, o Tatão. Dono de espessa barba branca, ele narra a descoberta.
"Teve uma briga da porcada, que derrubou a parede do chiqueiro. Quando vi o estrago, achei os tijolos com a marca nazista. Passaram anos me chamando de louco, mas agora tá tudo comprovado pelos estudos do doutor Sidney."
Tatão se refere ao historiador Sidney Aguilar Filho, 45. Em 1998, ele dava aula para a enteada de Tatão quando ela revelou que, na fazenda onde vivia, havia tijolos com aquele "símbolo alemão" das aulas de história.
Sidney investigou por mais de uma década e, em 2011, apresentou sua tese de doutorado na Unicamp sobre a exploração do trabalho e a violência à infância no país no período de 1930 a 1945.
"Por muitos anos, aqueles meninos foram submetidos a um regime de trabalho como se fossem adultos, sem remuneração, sem liberdade de ir e vir e estudando pouco. Mas aquilo era aceito pela sociedade", diz ele.

 


É preciso ter peito para ser 'soldada' do Femen no Rio

ONG que usa topless para protestar recruta voluntárias para atuar em filial na Zona Norte


POR Christina Nascimento

Rio - Os sachês de açúcar em cima da mesa do restaurante vão parar no bolso entre uma frase e outra sobre sexismo. “É para enganar a fome. Vivemos de doações. Então, quase sempre estamos duras”, dispara, sem constrangimento, Sara Winter — nascida Sara Fernanda — 20 anos, fundadora do Femen Brazil.
A jovem, que debutou como ativista no Rio invadindo o Copacabana Palace aos gritos de “O Brasil não é bordel”, agora será moradora da Zona Norte. Lá, no subúrbio, em bairro ainda não definido, o quartel-general do feminismo moderno vai montar suas bases.
No Brasil, o movimento tem 15 ativistas do topless, mas Sara, que tem ficha corrida na polícia com seis passagens, quer mais. Em média, o Femen recebe por semana dez e-mails de garotas interessadas em se tornar uma soldada — como chamam umas às outras.
Foto: Alexandre Vieira / Agência O Dia
Voluntárias — ou “soldadas” — do Movimento Feminista Femen Brazil, que terá sede na Zona Norte do Rio. Disposição para vida dura, sem perder a compostura e não sorrir jamais | Foto: Alexandre Vieira / Agência O Dia
A maioria desiste quando ouve que precisa mostrar os seios e se manter plácida diante de solavancos e “gravatas” de policiais e seguranças particulares durante as manifestações contra o turismo sexual, o machismo e a violência à mulher.
“Oferecemos treinamento moral, psicológico e físico. A garota tem que estar preparada para uma mudança radical. Um dia ela tem casa, trabalho, namorado. No outro, estará gritando, pelada, na rua, com um cartaz na mão. E, claro, terá sua foto estampada em sites e jornais”, explica a loura, que virou espécie de celebridade. É impossível andar ao lado dela sem ter que parar para uma foto.
O manual de postura de uma ativista do Femen é extenso: nunca sorrir para fotógrafo no protesto, fazer cara de brava quando segurar o cartaz ou gritar, nunca abaixar a cabeça quando for pega e, se sentir dor, não chorar. Não há restrição à vida afetiva, mas a jovem terá que ter disposição para dormir em qualquer lugar — ou não dormir — ficar sem se alimentar bem e migrar a qualquer hora.
Neofeministas enfrentam rejeição por causa do topless
No Rio, que usa e abusa da falta de roupa no Carnaval, o topless das garotas do Femen é a principal crítica ao movimento. Mas não é a única. O passado de Sara Winter, que foi garota de programa em São Paulo por dez meses, também pesa no discurso de rejeição às neofeministas.
“Foi a maneira que encontrei para pagar minha faculdade de Relações Internacionais e um apartamento na capital. Ganhava R$ 4 mil por mês. Quando você é jovem e pobre, fica viciada em dinheiro. Achava que estava rica”, conta Sara Winter, que desistiu da prostituição após ser agredida por um cliente.
Um dos braços direitos de Sara é a mineira Anna, 19. As duas são as responsáveis em transformar a sede do Femen na Zona Norte numa casa de cultura e atendimento a mulheres vítimas de violência: “Deixei casa e família para trás e não me arrependo. Defendo o movimento, porque acredito que podemos fazer um mundo mais justo.”

Fonte: ODIA


sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Tempo de empresa não quer dizer estabilidade


 

Muitos profissionais ainda são julgados pelo tempo de permanência em uma empresa. Quando o período é longo e o profissional não apresenta nenhum crescimento, não exerce liderança ou fica muito tempo sem atuar em novos projetos, ele pode ser visto como um ponto negativo pelos demais. Além de criar hábitos rotineiros, alguns desses profissionais não conseguem se atualizar e têm dificuldades em adaptar-se a uma nova organização ou um novo emprego. Por outro lado, os profissionais com menos tempo na empresa ainda encontram diversas barreiras ao ter que lidar com a postura de quem tem um tempo maior.


Homenagear os colaboradores com tempo de casa pode e deve ser uma prática comum nas organizações, mas promover estes profissionais para novas posições apenas utilizando este critério não é um caminho saudável. Segundo o coordenador de pós-graduação na Kroton Educacional, Saulo Maciel, é justo diferenciá-los com remunerações extras, licenças-prêmio e talvez até a participação em um conselho consultivo para contribuir com a gestão da empresa. Porém, quando estamos falando de assumir a direção de áreas e atividades importantes, aí não há outro caminho além do mérito e da avaliação por competências. Se o profissional mais experiente conseguir unir ambas as características, tempo de casa e mérito, todos ganham com esse tipo de movimentação.

Entende-se carreira
hoje, como algo dinâmico e crescente. Assim, se o crescimento do profissional é bom e acontece dentro de uma mesma empresa e ela também se desenvolve muito bem, o fato pode, sem sombra de dúvida, ser muito positivo para todos, profissional, colegas de trabalho e organização.

“No entanto se o profissional não se desenvolveu nesse tempo, isso pode ser algo que depõe somente contra ele e reflete em toda a equipe. Se isso acontecer, o colaborador jamais deve se justificar dizendo que a empresa não ofereceu condições de desenvolvimento/crescimento, assumir a responsabilidade é uma atitude mais nobre”, salienta a coach de carreira, empresarial e diretora da CrerSerMais, Roselake Leiros.

O colaborador ideal


Atualmente, a maioria das organizações procuram um perfil com visão abrangente de negócios, mais dinâmico e com capacidade de entender e conhecer novas empresas e segmentos. Com isso, elas preferem os profissionais que ficam no máximo até 05 anos em cada experiência anterior.

“Esse perfil de profissional tem uma ‘oxigenação’ nas tarefas e se adapta com mais facilidade com outros colegas e com trabalhos em equipe. Para as empresas que querem ter ou manter a qualidade em seus times, a regra é a mesma: contratar novas ideias, novos perfis, novas visões sobre o mercado e deixar para trás os paradigmas que só atrasam resultados positivos”, afirma o diretor comercial da Corporate RH, Ruxdi Saleh.

Benefícios e entraves nas relações


As competências técnicas e relacionais são cada dia mais valorizadas em nossos tempos. São elas que alavancam o crescimento, por isso, buscar sempre meios de aprender e mostrar o que sabe através de boas sugestões e um admirável relacionamento com as pessoas são questões do dia a dia.

Em geral, estas práticas são bem percebidas através dos números que produzem os profissionais novos e os antigos no mesmo ambiente de trabalho, e da fluidez nos relacionamentos interpessoais dentro de cada setor. Antigos funcionários tanto podem possibilitar coisas boas, sendo uma ponte e uma motivação para os mais novos, como podem contaminar com maus hábitos, fofocas, ciúmes, melindres entre outras coisas que limitam o crescimento do todo.

“Busque sempre oportunidades além das que a empresa oferece para crescer tecnicamente e em seus recursos naturais e comportamentais como confiança, comunicação, relacionamentos interpessoais, liderança, visão sistêmica, trabalho em equipe, etc. Tenha seu plano de carreira e crie estratégias que possa colocar em prática, e lógico, verifique se os valores das empresas estão alinhados aos seus valores pessoais e profissionais. Esteja sempre de olho nas oportunidades . Seja profissional e evite o excesso de intimidades”, conclui Roselake.

Fonte:
MSN Empregos

domingo, 10 de fevereiro de 2013

Brasil já arma defesa de tesouro submerso
 
 

O Brasil pretende pleitear à ONU (Organização das Nações Unidas), ainda neste ano, o bloqueio de uma área no Elevado Rio Grande, uma cordilheira submersa no sul do país, a mil quilômetros da costa do Rio de Janeiro.
Pesquisas feitas pela CPRM (Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais, conhecida como Serviço Geológico) revelaram que a região é rica em minérios, terras raras e rochas sedimentares, propícias à formação de petróleo.

Serviço geológico investiga diamante na Bahia

Como a área está em águas internacionais, pesquisas e exploração caberão a quem primeiro apresentar o pedido, diz o diretor de geologia e recursos minerais da CPRM, Roberto Ventura, que teme o avanço de países tecnologicamente desenvolvidos sobre os tesouros submersos "no quintal do Brasil".
Para bloquear uma área em águas internacionais, que não pertencem a nenhum país, é preciso fazer uma solicitação à Isba (Autoridade Internacional dos Fundos Marinhos, na sigla em inglês), uma entidade da ONU.
Até o final de março, a CPRM vai encaminhar o pedido ao MME (Ministério de Minas e Energia), que será responsável pelo encaminhamento ao órgão da ONU.
"A questão do Elevado Rio Grande é estratégica. Nenhum país fez o pedido ainda. A Rússia pediu mais acima, os franceses também, e sabemos que os chineses passam por aqui direto e estão pesquisando em algum lugar próximo", disse Ventura.
Divulgação/CPRM
Funcionário com amostras que foram recolhidas no Elevado Rio Grande, em alto-mar
Funcionário da CPRM com amostras que foram recolhidas no Elevado Rio Grande, em alto-mar

"Quem estiver com os mapas e conhecer as áreas potenciais ou áreas críticas vai ter mais chances", avaliou, lembrando que riquezas minerais são finitas e em algum momento, mesmo que leve 50 anos, o avanço para o meio dos oceanos será inevitável.
Segundo ele, ao solicitar à ONU o bloqueio da área, o Brasil vai sinalizar para a comunidade internacional que tem um programa efetivo e importante para ampliar a presença no Atlântico Sul.
Se aprovado o pleito, o Brasil terá mais 15 anos para pesquisar melhor o local, que se estende por 3.000 quilômetros quadrados (o equivalente ao dobro da área da cidade de São Paulo).
Nos últimos dois anos, foram feitas cinco expedições de pesquisa ao elevado Rio Grande, ao custo de R$ 3 milhões cada. Durante as viagens, foram executadas dragagens que atingiram profundidades de até 2.000 metros.
O próximo passo, após a chancela da ONU, será a exploração comercial, que ficará a cargo de uma empresa privada, escolhida em leilões previstos no novo código de mineração que será enviado ao Congresso pelo governo.
"Hoje, a missão da CPRM no país é a de melhorar o conhecimento para atrair investimentos", afirmou Ventura.
De acordo com o diretor, a questão poderá inclusive afetar um tema que já está em avaliação pela ONU: o pedido é de estender a Zona Econômica Exclusiva, na qual o Brasil tem direitos de exploração e aproveitamento econômico das águas, do leito do mar e do seu subsolo.
O problema é que, com o novo pleito, o país admite que o Elevado Rio Grande é área internacional, e não poderá pedir a extensão da Zona Econômica Exclusiva até ali.

 
Fonte: Folha de São Paulo

 

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

O carnaval do Zeca Pagodinho!

Todo Carnaval tem um profeta do apocalipse. O deste ano é o sambista Zeca Pagodinho : "Não tem mais Carnaval, acabaram com o que é da cultura, roubaram tudo", diz ele. "Não há mais bailes nem enfeites pelas ruas do Rio. [...] Antigamente, o subúrbio era coisa enfeitada. Tinha coreto, baile infantil nos clubes. Também não tem mais clubes. [...] No meu bairro, em Del Castilho, tinham as cornetas. A gente ouvia as músicas de Carnaval. Era um Carnaval. Não tem mais."
Por sorte, Zeca tem para onde se virar: "Vou pra casa de um amigo em Xerém. Levo as crianças. [...] Contrato uma bandinha, enfeito tudo como se fosse o Carnaval antigo, e as crianças se fantasiam: 'Mamãe Eu Quero', 'Índio Quer Apito'. E a Mônica [sua mulher] vai fazer pipoca, cachorro-quente, batata frita. Enfim, o Carnaval. Com confete, serpentina, tudo".
Não quero desapontar o Zeca, mas periga suas crianças irem lá para dentro assistir a desenho animado, enquanto ele come pipoca, toca corneta e brinca em 2013 o Carnaval da sua infância. E ele se complica ao dizer que a televisão deveria passar "não só o Carnaval da avenida [o das escolas], mas o da [avenida] Rio Branco, bloco, as crianças fantasiadas com o pai levando para ver os blocos". Afinal, tem bloco e Carnaval de rua ou não tem?
Deve ter. Neste ano, a Prefeitura do Rio precisou limitar os blocos a cerca de 450 e regulamentar suas cerca de mil saídas pelos próximos dez dias, para evitar os nós no trânsito. O Carnaval de rua da Zona Sul, quase inexistente no tempo do Zeca, é hoje um fenômeno, com muita gente fantasiada. O do Centro já voltou --vide o Bola Preta, que atrai mais de 1 milhão de pessoas-- e o da Zona Norte também começa a lembrar seus grandes dias.
Os dias em que Zeca era jovem e saía à rua para brincar o Carnaval.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Xuxa x Filme Erótico

Xuxa vence nova etapa na Justiça contra venda de "Amor, Estranho Amor"
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A apresentadora Xuxa venceu mais uma batalha judicial relacionada ao filme "Amor, Estranho Amor", de 1982, no qual a personagem que interpreta tem relações sexuais com um garoto de 12 anos.

A Justiça do Rio de Janeiro negou recurso da Cinearte Produções, distribuidora do filme, que desejava relançar o longa. Segundo a empresa, que ainda pode recorrer novamente, o contrato de cessão dos direitos com a apresentadora expirou em 2009, o que permitiria colocar o filme de volta no mercado. Já a Xuxa Produções Artísticas afirma ter realizado depósitos extrajudiciais para prorrogar o contrato.

Procurado, o advogado da Cinearte, Marcos Alberto Sant'Anna Bitelli, afirmou que não se pronunciaria sobre o assunto por não ter sido informado do inteiro teor da decisão. O advogado de Xuxa, Marcelo Lopes de Oliveira, não foi localizado.

Jorge Araújo - 82/Folhapress
Xuxa promovendo o filme "Amor, Estranho Amor", em 1982
Xuxa promovendo o filme "Amor, Estranho Amor", em 1982
 
A decisão foi tomada pelo desembargador Claudio de Mello Tavares, da 11ª Câmara Cível do TJRJ. Segundo ele, como a Cinearte não informou dados das prorrogações, ela não tem direito de falar em expiração do prazo.

Segundo nota divulgada pelo TJRJ, a Cinearte recebe US$ 60 mil (R$ 118,9 mil) anualmente para não comercializar o filme. O contrato original era de oito anos, mas a Xuxa Produções Artísticas afirma ter feito depósitos por mais de 18 anos.

Em 2009, a Cinearte quis renegociar o valor do pagamento e passou a cobrar R$ 240 mil, sob argumento de que era preciso realizar uma correção cambial. As duas empresas entraram em impasse, e a Xuxa Produções Artísticas pagou pouco mais de R$ 104 mil.

A Cinearte não aceitou o valor, e Xuxa procurou a Justiça para impedir que a Cinearte comercializasse o filme. A ação movida pela apresentadora foi aceita em primeira instância, e um recurso da distribuidora foi negado em seguida. Agora, o recurso da Cinearte voltou a ser rechaçado.

A nota do TJRJ informa que a Xuxa Produções Artísticas continua pagando a Cinearte, conforme o acordo inicial. A distribuidora ainda pode recorrer da decisão.
"Amor, Estranho Amor" foi dirigido por Walter Hugo Khouri e seu elenco contava com Vera Fischer, Íris Bruzzi e Tarcísio Meira, além da própria Xuxa. O ator que fez a polêmica cena com ela se chama Marcelo Ribeiro.

VALOR
Em entrevista à Folha em 2011, porém, Aníbal Massaíni Neto, da Cinearte, negou que tenha proposto mudança no valor e que seu interesse era relançar o filme. "Quando o contrato expirou, avisei ao Luiz Claudio [Moreira, diretor comercial da Xuxa Produções] que meu interesse era relançar o filme. Como ele insistia em fazer uma contraproposta e chegou a me enviar uma planilha com atualizações do dólar, eu fiz uma correção, dizendo que o valor deveria ser ajustado por outras alíquotas."

O produtor alegou que nunca havia dito "eu quero tanto": "Não estou interessado em valor. Quem pensa em valor são eles. Quero lançar o filme em película, vender para fora. Tenho o palpite de que daria certo."

Moreira afirmou que, em anos anteriores, o prazo limite para o pagamento dos direitos (17 de maio) não foi cumprido ao pé da letra. "Em 2001, depositei em 12 de setembro. Em 2003, em 3 de junho", disse, mostrando os comprovantes.

"Esse contrato nunca foi tratado com o rigor com que o Massaíni resolveu tratá-lo em 2009", prosseguiu Moreira. "E não era um contrato de 18 dias ou 18 meses. Era um contrato de 18 anos. Imaginei que havia uma relação de confiança."
 
Fonte: FOLHADESAOPAULO

 

Niterói é beleza pura!

Site americano constata: Niterói é a cidade com mais mulheres bonitas por m². Homens cariocas já sabiam disso há muito tempo

POR Fernanda Alves

Rio - Na hora da paquera, não há ponte engarrafada que segure os cariocas rumo à capital da beleza. É para Niterói que eles correm para admirar — em acirrada disputa com os locais — a fartura de belas mulheres. A explicação é matemática. O site americano AskMen contou a quantidade de moças bonitas por metro quadrado e deu à Cidade Sorriso mais motivos ainda para mostrar os dentes: Niterói ficou em primeiro lugar na pesquisa internacional.
Beleza concentrada: Nathalia Grisoli (ao centro), com as amigas, da esquerda para a direita, Izabel Barbosa, Nathalia São Thiago, Ana Carolina e Helena Mesquita | Foto: Alessandro Costa / Agência O Dia
Beleza concentrada: Nathalia Grisoli (ao centro), com as amigas, da esquerda para a direita, Izabel Barbosa, Nathalia São Thiago, Ana Carolina e Helena Mesquita | Foto: Alessandro Costa
O município da Região Metropolitana desbancou Milão, na Itália, Copenhague, na Dinamarca, Miami e Los Angeles, nos Estados Unidos, e Montreal, no Canadá.
O economista Bruno Previtali, 30 anos, foi um dos cariocas que atravessaram a Baía de Guanabara. Depois de conhecer uma niteroiense, nunca mais largou dela e da cidade. “Fui para a UFF estudar, mas quando cheguei em Niterói vi que a cidade só tinha mulheres lindas. Não é à toa que conheci minha esposa. Nosso plano agora é morar em Niterói”, adianta ele, casado há 10 meses com a gerente de Marketing Paula Finizola, 30.
ICARAÍ LIDERA
O bairro que fez a diferença na pesquisa americana foi Icaraí, na Zona Sul do município. O local, que segundo o Censo de 2010 abriga 44.940 mulheres, foi apontado como o de maior concentração de beldades nas ruas. Quem mora lá assina embaixo.
“É muita concorrência mesmo! Tem pessoas bonitas por todos os lados. E em Icaraí, todos se vestem bem, estão sempre arrumados. Quando saio de casa não posso sair com qualquer roupa. Tenho que pelo menos passar uma maquiagem e arrumar o cabelo”, contou a estudante de Medicina, Nathalia do Monte Lima Grisoli, 21.
Cidade que exporta mulher bonita para as passarelas internacionais
Não à toa, é grande a lista de modelos de Niterói que fazem sucesso no mundo. Uma delas é Juliana Galvão, que nasceu e cresceu no bairro Boa Viagem. “Aqui tem realmente muita mulher bonita. A cidade é linda, combina. Acho que porque as pessoas que moram aqui se cuidam mais. Talvez também pela alta qualidade de vida que temos em Niterói”, avalia.
Bruno atravessou a Ponte, conheceu e se casou com a niteroiense Paula | Foto: Álbum de família
Bruno atravessou a Ponte, conheceu e se casou com a niteroiense Paula | Foto: Álbum de família
A modelo conta que diariamente vê pelas ruas meninas que, mesmo escolhendo carreiras diferentes, teriam condição de brilhar nas passarelas. “Sempre vejo meninas lindas na rua, com perfil ideal para modelos. Rostos que poderiam brilhar pelo mundo afora”, garante Juliana.
Um dos principais agentes de modelos do mundo, Sérgio Mattos, dono da agência 40° Models, confirma que a cidade é celeiro de talentos. “Não sei o que acontece, é impressionante. Faço questão de ir em finais de concursos de beleza lá, porque sempre tem muita mulher bonita. De todo o meu casting de modelos, que tem cerca de 200 meninas do Brasil, cerca de 30 são de Niterói. Eu quero saber o que tem na água de lá”, brinca Sérgio.
Na televisão, moradores são estrelas

Famosas da telinha também enriquecem o time de beldades da cidade. Entre elas, Isabelle Drummond, que chamou a atenção ao mostrar seu lado mulherão na última novela das 19h, em que interpretou a empreguete Cida. A atriz se disse orgulhosa com o título da cidade- natal e aproveitou para exaltar também suas outras belezas. “Niterói ficou na frente do Rio? Nossa! Que orgulho! Acho que Niterói tem as praias mais lindas. Lá tem muita paz, as pessoas têm um clima muito caseiro, são bem calmas”, opina.
Mas não são só as mulheres que chamam atenção em Niterói. Os homens da cidade também não ficam para trás. Para defender o lado masculino, nomes de peso com do atores Erik Marmo, Murilo Benício e Dudu Azevedo. “Aqui tem muito homem bonito. É só dar uma volta em um domingo pela Praia de Itacoatiara para comprovar. A cidade é repleta de gente bonita”, garante a nutricionista Raphaela Medeiros, de 29 anos, moradora do bairro Fonseca.


Fonte: ODia

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Da vida nas ruas à carreira pública.

Da vida nas ruas à carreira pública, conheça a trajetória de sucesso de Ubirajara Gomes

Ubirajara Gomes da Silva LOGO BB entrevista FOLHA DIRIGIDA
Ubirajara Gomes da Silva: muito já conquistado. E vários sonhos por realizar
Projeto de milhares de brasileiros, passar em um concurso público pode ser a chave para a virada na vida de qualquer um. Mas, e é bem provável que dessa vez seja verdade, nunca antes na história deste país uma classificação conseguiu provocar mudanças tão radicais quanto as experimentadas por Ubirajara Gomes da Silva. "Pude sair das ruas. Não passei mais fome, pude comprar roupas, sapatos e outros objetos que há muito tempo desejava, como um simples Playstation 2. Com a vida estabilizada, conheci minha esposa. Hoje estamos reformando a nossa casa".

Não, você não leu errado. É isso mesmo: ao passar no concurso para escriturário do Banco do Brasil, aberto em 2007, o jovem, então com 27 anos, virava uma página de sua história. Colocava ponto final em um drama particular, tristemente comum a muitos brasileiros. E que em poucos casos – muito poucos, mesmo – têm final feliz. "Passei 12 anos vivendo pelas rampas dos hospitais e praças de Recife. Era difícil dormir, comer, lavar roupa, tomar banho e às vezes até para arranjar um bico. Frequentava a escola para ter, muitas vezes, a única refeição do dia. Terminei os estudos fazendo supletivo, pois já estava bastante atrasado".

A ideia de se inscrever para o concurso do BB pintou quando o rapaz viu notícia publicada num exemplar da FOLHA DIRIGIDA. "Li o jornal na biblioteca do estado, que eu frequentava. Mais jovem, tinha prestado provas para o IBGE e a Chesf, entre outros órgãos. Resolvi arriscar mais uma vez. Já vinha no embalo dos estudos. Peguei a prova do concurso anterior e a respondi quase toda. No dia da aplicação do exame, fazia 15 dias que eu não tomava um banho decente. Não tinha dinheiro para comprar um chocolate ou água mineral. Comprei uma caneta azul e, veja que azar, só era permitido fazer prova com caneta preta! Em cima da hora, consegui trocá-la com um concorrente, que tinha duas da cor exigida. A prova trazia 150 questões, das quais só errei 17. Fiquei na 136º colocação no Recife, onde se inscreveram 19.743 candidatos", recorda-se.

A mesma FOLHA DIRIGIDA, que levou a informação sobre aquele concurso do BB até Ubirajara há seis anos, tem publicado uma série de matérias sobre a nova seleção para escriturário do banco, com formação de cadastro, que permitirá centenas de contratações no Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e parte do Amazonas e de Santa Catarina. O cargo de escriturário segue exigindo o ensino médio. E atualmente conta com vencimento inicial de R$2.732,04, sendo R$1.892 de salário base, R$472,12 de auxílio-refeição e R$367,92 de cesta-alimentação, para a carga de trabalho de 30 horas semanais. Leia matéria completa aqui.

Para você que está de olho no próximo concurso, a FOLHA DIRIGIDA informa que o edital deverá ser divulgado até junho deste ano. E, para quem gosta de reclamar que a vida anda meio difícil, Ubirajara Gomes conta em detalhes como foi seu processo de preparação - numa fase em que praticamente sobrevivia de esmolas. Um incentivo e tanto para quem ainda não começou os estudos. "Quem sempre me apoiou e me dava muita força era o José Mauro, filho da Dona Branca, grande amigo meu, e também o Carlos, do Sebrae aqui de Pernambuco, que imprimiu a prova para que eu pudesse estudar", diz ele, que segue em seu relato.

"Apesar da minha situação delicada, sempre quis melhorar e mudar de vida. Estudava com dedicação e perseverança. E não me importava com as palavras negativas que a maioria das pessoas me dizia, como 'você não vai conseguir' ou 'você nunca será alguém na vida'. Pode demorar, doer, custar muito tempo e talvez horas de lazer e diversão com amigos e família, mas creia que no final quem se dedicou haverá de ser recompensado com seu cargo público, com um emprego para toda a vida. Mostre para si mesmo que você é capaz de vencer e fazer a diferença!"
Conflitos em casa levaram o rapaz para as ruas
O emprego do verbo 'doer' no testemunho de Ubirajara - ou do Bira, como é carinhosamente chamado pelos colegas - não é apenas figura de linguagem. "A minha pior experiência foi passar fome e frio ao relento. Uma vez, estava na Rua da Imperatriz, no centro da cidade, quando de repente vieram cinco adolescentes em minha direção, para me assaltar, achando que eu estava com algo de valor. Reagi e eles me bateram, me derrubaram no chão, bateram em minha cabeça, minhas costelas. Eu pensei, naquela hora, que iria morrer... Fiquei mais quebrado que arroz de terceira", recorda, destacando que, nestes momentos, travava uma batalha interna para não desviar-se de seu caminho. "Lutava para não perder a sensibilidade e a humildade. Não queria me tornar mais um dos revoltados que vivem na rua fazendo coisas erradas".

Os fatores que levaram Ubirajara às ruas são os mesmos que afetam milhares de crianças e adolescentes Brasil afora. A rejeição e as agressões permanentes dentro daquilo que deveria ser um lar. "Fui criado com minha avó materna dos quatro até os 15 anos, pois minha mãe não criou nenhum dos cinco filhos e meu pai tinha outra família e mais dez filhos. Ele não queria responsabilidades. Minha avó me espancava e maltratava muito. Chegou a dizer, inúmeras vezes, que eu não seria nada na vida. Fugi para a casa de minha mãe, onde passei apenas uma noite por não ser aceito pelo namorado dela, e depois fugi para a casa do meu pai, onde passei 29 dias e fui colocado para fora pela esposa dele após uma discussão. Então, voltei para a casa de minha vó. Aí começaram de novo os maus tratos, porque ela já havia me alertado que no dia que eu fosse pedir ajuda a meu pai, deveria esquecê-la. Depois de uns dias, resolvi ir embora, viver nas ruas. Não tive outra alternativa a não ser sair de casa".

Hoje, aos 32 anos, Ubirajara está casado, ainda não tem filhos, e mora em Jardim São Paulo. "Nossa casa é própria, graças a Deus! Ainda não temos carro, mas sempre nos divertimos indo ao cinema, churrascarias, praias, shoppings, saindo com amigos... Comecei uma Faculdade de Administração, mas tive que trancá-la por motivos de saúde. Mas voltarei no próximo semestre. Na verdade, quero continuar estudando, dentro e fora do banco", planeja. Ele já foi retratado diversas vezes pela imprensa e tornou-se uma espécie de celebridade em seu Estado.

"Por onde passo, sempre tem alguém perguntando se eu sou aquele rapaz que passou no Concurso do Banco do Brasil. No começo, foi um pouco difícil para eu me adaptar às regras, mas fui muito bem recebido. Nos três primeiros anos, trabalhei com processos internos, sem contato com o público. Hoje, trabalho com o público e sou bem quisto. Não me acho uma celebridade! Creio que as pessoas me veem como lição e exemplo de superação. Ainda estou na batalha. Passei três anos em órgãos internos do Banco e, há um ano, estou em agência, onde há mais oportunidade de crescimento. Aqui é tudo corrido, há muito trabalho. É um ambiente dinâmico, porém agradável. Sempre aprendo coisas novas. Gosto do que faço e estou sempre em busca de algo mais", revela Ubirajara, que já prestou provas para outros concursos. E tem novos objetivos pela frente.

"Almejo trabalhar na BB DTVM (Banco do Brasil Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários) ou na Previ, a caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil", pontua o rapaz. Enquanto rara personificação do exemplo, ele encerra esta entrevista com um pensamento. "Essa frase não é minha, mas a utilizo muito no meu cotidiano: 'concurso público não se faz para passar e sim até passar'. É o que defende o William Douglas, o guru dos concursos!". E passar, no caso de Ubirajara, modificou tudo além do que se podia esperar. Foi quase um renascer. Recomeçar.
 
Fonte: FolhaDirigida.

domingo, 3 de fevereiro de 2013

África: repouso sobre um mar de água doce

Menino sentado junto a um charco enquanto um grupo de camelos bebem (Fotos: EFE)    
A escassez, não só de água mas também de desenvolvimento econômico, poderia deixar de ser um dos símbolos históricos de identidade do continente africano se um de seus grandes recursos naturais ocultos, e recém-descobertos, fosse aproveitado: os vastos aquíferos subterrâneos, que estão sendo mapeados.

Segundo um cálculo de volume dos aquíferos, realizado por um grupo de pesquisadores coordenado pelo hidrogeólogo Alan MacDonald, do Serviço Geológico Britânico (BGS, na sigla em inglês) e publicado na revista científica "Environmental Research Letters", sob as areias e terras africanas, jazem mais de 500 mil quilômetros cúbicos de água.

Os especialistas do BGS, junto com pesquisadores da Universidade College London (UCL) mapearam detalhadamente a quantidade e o rendimento potencial deste recurso subterrâneo em todo o continente africano.

Da análise dos mapas hidrogeológicos atuais dos governos nacionais e de 283 estudos dos aquíferos, deduziram que vários países atualmente com escassez hidráulica têm uma reserva considerável de água subterrânea.

Segundo a hidrogeóloga Helen Bonsor, da BGS e uma das autoras do estudo, "o maior armazenamento de água subterrânea se encontra no norte da África, nas grandes bacias sedimentares de Líbia, Argélia e Chade. A quantidade de armazenamento nessas bacias é equivalente a uma espessura de 75 metros de água, que é uma quantidade enorme".

Além disso, os hidrogeólogos britânicos detectaram a presença de grandes reservas no litoral de Mauritânia, Senegal, Gâmbia e parte da Guiné-Bissau, assim como no Congo e na zona limítrofe entre Zâmbia, Angola, Namíbia e Botsuana.

De acordo com o BGS, os aquíferos africanos se encheram de água pela última vez há mais de 5 mil anos e, através dos séculos, se estenderam pela vasta área do Deserto do Saara.

Nessa época, o Saara era um enorme pomar, com lagos e vegetação de savana, mas se transformou no maior deserto cálido do planeta há 2.700 anos após um lento processo de desertificação.

Mulheres africanas enchem caixas de água em um campo de refugiados em DadaabSe estes recursos hídricos - equivalentes a 100 vezes a quantidade superficial de todo o continente - fossem aproveitados racionalmente, aliviaria-se um dos grandes problemas da África, onde habitualmente falta água para 40 % da população e, em 2011, houve a pior seca em 60 anos.

Segundo relatório das Nações Unidas, a escassez de chuvas afetou neste ano mais de 10 milhões de pessoas no Chifre da África (África oriental) causando uma grave crise alimentícia e o aumento dos índices de desnutrição em grandes áreas de Somália, Etiópia, Djibuti e Quênia.

Além das mortes a que a cada ano a África assiste aos milhares devido a mazelas relacionadas à falta de água potável e de higiene e saneamentos adequados, a seca e a sede nas zonas rurais e urbanas têm um impacto devastador na vida da população, especialmente a feminina.

Fonte: www.yahoo.com.br