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segunda-feira, 29 de julho de 2013

Banco Central lança novas notas de R$ 2 e de R$ 5

As novas cédulas de R$ 2 e de R$ 5 foram emitidas Banco Central nesta segunda-feira (29).
Para facilitar a identificação de deficientes visuais, a nova nota de R$ 2 tem como marca tátil uma barra inclinada, enquanto a de R$ 5 possui uma barra horizontal. As novas cédulas também passaram por tratamento para aumentar sua vida útil.
As novas notas completam o projeto Segunda Família do Real, iniciado em 2010 com a substituição das cédulas de R$ 50 e 100, e depois ampliado para as notas de R$ 20 e R$ 10.
Nova cédula de R$ 2 Nova cédula de R$ 5, que entra em circulação no segundo semestre






Fonte: Folha

IDHM do Brasil avança 47,5% em 20 anos

IDHM do Brasil avança 47,5% em 20 anos, mas educação ainda é o maior desafio

Classificação do País passou de 'Muito Baixo' (0,493 em 1991) para 'Alto' (0,727) no índice divulgado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento nesta segunda


BRASÍLIA - O Índice do Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) do Brasil, divulgado nesta segunda-feira, 29, pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) em parceria com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e com a Fundação João Pinheiro, revela um expressivo avanço do Brasil nos últimos 20 anos, mas também um quadro em que a educação se mantém como o principal desafio do País. Entre 1991 e 2010, o índice cresceu 47,5% no País, de 0,493 para 0,727. Inspirado no IDH global, publicado anualmente pelo PNUD, esse índice é composto por três variáveis e o desempenho de uma determinada localidade é melhor quanto mais próximo o indicador for do número um.
A classificação do IDHM do Brasil mudou de 'Muito Baixo' (0,493 em 1991) para 'Alto' (0,727). É considerado 'Muito Baixo' o IDHM inferior a 0,499, enquanto a pesquisa chama de 'Alto' o indicador que varia de 0,700 a 0,799. Publicado uma vez a cada dez anos, o indicador traz para o âmbito municipal o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) global, divulgado anualmente pelo PNUD e que mede o desenvolvimento humano dos países. O IDHM, que faz parte do Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013, é medido por uma escala que vai de zero a um - quanto mais próximo de um, melhor o desenvolvimento do local.
O subíndice educação, uma das variáveis que compõem o IDHM, é o que mais puxa para baixo o desempenho do País. Em 2010, a educação teve uma pontuação de 0,637, enquanto os subíndices renda (0,739) e longevidade (0,816) alcançaram níveis maiores.
Embora seja o componente com pior marcação, foi na educação que mais houve avanço nas duas últimas décadas, ressaltaram os pesquisadores. Em 1991, a educação tinha um IDHM 0,279, o que representa um salto de 128% se comparado à pontuação de 2010. "Saímos de um patamar muito baixo e isso mostra o esforço que o País fez na área", avaliou Marco Aurélio Costa, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), um dos parceiros na realização do estudo. "A gente ainda não está bem, o IDHM educação é o que menos contribuiu e onde temos os maiores desafios para superar", concluiu.
Longevidade. O componente da longevidade, por sua vez, que é calculado pela expectativa de vida da população ao nascer, é a área na qual o Brasil apresenta melhor pontuação. É o único componente que está na faixa classificada pela pesquisa como um IDHM 'Muito Alto', quando o índice ultrapassa 0,800. Desde 1991 como o subíndice mais bem avaliado, foi também na longevidade em que a variação ao longo dos últimos 20 anos foi menor. O IDHM Longevidade era de 0,662 em 1991, de 0,727 em 2000 e de 0,816, na atual edição.
Já a renda mensal per capita saltou 14,2% no período, o que corresponde a um ganho de R$ 346,31 em 20 anos. As três instituições que elaboram o Atlas - PNUD, Ipea e Fundação João Pinheiro - ressaltam que 73% dos municípios avançaram acima do crescimento da média nacional. No entanto, há 11% de municípios com IDHM Renda superior ao do Brasil, "evidenciando a concentração de renda do País".




FONTE: Estadão

domingo, 14 de julho de 2013

'Anonymous' funciona como resistência política ao controle do indivíduo, diz pesquisa

DE BRASÍLIA

Os "Anonymous" no Brasil atuam como "resistência política" a uma "sociedade de controle" do indivíduo e, antes dos recentes protestos de rua no país, já haviam participado ativamente da organização de manifestações contra a corrupção, como no 7 de setembro de 2011.

É o que aponta um estudo inédito do mestre em ciências sociais Murilo Bansi Machado, da UFABC (Universidade Federal do ABC), um raro trabalho sobre essa rede de ativistas cibernéticos.

O estudo, concluído em maio e que deve virar livro neste ano, se valeu de entrevistas com 22 membros da rede de ativistas.

"É difícil pensar nos 'Anonymous' se você aplicar os conceitos da política tradicional ou do senso comum. Pensar 'de que lado essas pessoas estão, a quem respondem, quem é o líder?', você vai incorrer em erro," disse Machado à Folha.

"É uma outra lógica de participação política, é até uma forma de contestar a própria participação política atual, o nosso sistema de representação", completou.

Por ocasião das comemorações do Dia da Independência, em 2011, os "anônimos" saíram da internet e atuaram na organização dos protestos nas ruas. O mote principal era "a luta contra a corrupção".

"Parte do movimento dedicou-se a realizar oficinas para produção de camisetas, 'flyers', cartazes etc. Outra parte preferiu atuar pela rede, divulgando informações em blogs e sites", descreve o estudo de Machado.

No dia combinado, o ato de maior sucesso ocorreu em Brasília. A Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal calculou 12 mil manifestantes. Contudo, a adesão foi baixa em outras 50 cidades nas quais a manifestação foi convocada.

O ato serviu para unir mais os "anons", o que pode explicar a grande atividade deles nos protestos de junho último. A marca da rede de ativistas é a diversidade.

Em 2012, os "anons" desencadearam uma "operação" para derrubar sites das Organizações Globo, o que não significa que sejam necessariamente adversários dos meios de comunicação. Muitos integrantes defendem a liberdade incondicional de expressão.

O ataque, descreve Machado, ocorreu de 2 a 10 de abril de 2012. Um pequeno grupo teve a ideia e a lançou na rede, onde recebeu cooperação. Foram atacados 25 sites ligados à Globo e alguns ficaram até 4 horas fora do ar.

O episódio gerou críticas entre os "anons". Um deles disse ao pesquisador que a operação foi "burrice" e "sem sentido, sem passar nenhuma mensagem".

Por outro lado, os apoiadores da operação alegaram que não atacaram sites noticiosos. No meio da ação, um dos hackers organizadores pediu: "Sem ataques à [ao site] Globo.com. É um portal de notícias, gente!"




Fonte: Folha de São Paulo.

'ANONYMOUS', lidera ativismo digital, diz estudo

Nem movimento pela tarifa zero nem partidos, sindicatos ou políticos. Os responsáveis pelos maiores focos de atividade no Facebook nos dias-chave dos protestos de rua em junho foram os integrantes da rede de ativismo hacker "Anonymous".

A conclusão é de um estudo feito pela empresa InterAgentes, do cientista social Sérgio Amadeu, doutor em ciência política pela USP e ex-presidente do ITI (Instituto Nacional de Tecnologia de Informação), autarquia vinculada à Casa Civil da Presidência.

Esses internautas, que se identificam apenas por apelidos e usam máscaras inspiradas no filme "V de Vingança" (2006), dominaram os "nós de relevância" no tráfego do Facebook nos dias 13, 17, 18 e 20 de junho, quando centenas de milhares de pessoas foram às ruas.

"Os 'Anonymous' tiveram relevância na disseminação das informações e na articulação da solidariedade ao que era o movimento inicial pela redução das tarifas e contra a Copa. Eles foram decisivos", disse Amadeu.

A pesquisa começou com a cópia de mais de 500 mil comentários e mensagens abertas ao público postadas na rede social e que continham cerca de 50 expressões-chave, como "protesto" e gritos de guerra dos manifestantes.

A massa de dados foi então interpretada pelo software de visualização de dados Gephi.

O programa apontou os perfis que se tornaram "nós" dominantes, isto é, receberam maior atenção em comentários, compartilhamentos de informações sobre os protestos e convocações para as manifestações de rua.

Foi estabelecido um ranking com os cinco maiores "nós" de cada dia. Dos 20 listados, 12 traziam a bandeira "Anonymous".
O nó "Passe Livre São Paulo" apareceu apenas em um dia, 13, quando a polícia reagiu com violência à marcha em São Paulo. Depois, desapareceu dos cinco primeiros lugares de maior relevância.

MASCARADOS

Surgidos nos EUA, os "Anonymous" ganharam atenção em 2010, quando fizeram um cerco cibernético a empresas que atuaram contra o Wikileaks a pedido do governo norte-americano. As primeiras atividades no Brasil datam de 2011, quando atacaram e derrubaram sites do governo federal.

Os chamados "anons" não formam um grupo único. São vários "coletivos", que às vezes divergem uns dos outros, mas giram sempre em torno de ideias gerais em comum, como a defesa radical da liberdade de expressão e o acesso irrestrito à informação.

Outros dois estudos de empresas consultadas pela Folha --um do grupo Máquina/Brandviewer e outro da E.life--, confirmam a intensa atividade dos "anons" na época dos protestos.

"Essas redes descentralizadas é que permitiram a organização tão rápida desses grupos. É o mesmo tipo de organização usado por redes como a Al Qaeda, por exemplo, ou as antigas redes de troca de música", disse o executivo da E.life, Alessandro Barbosa Lima.

POLÍCIA

O protagonismo virtual dos "Anonymous" nos protestos de rua também já chamou a atenção, segundo os "anons", da Polícia Federal.

Os ativistas divulgaram, na semana passada, vídeo postado por "Bile Day", um conhecido "anon", em que declaram estar passando por uma "repressão política".

A gravação afirma que a PF "tem realizado visitas nos lares de alguns membros de nossas mídias sociais para interrogá-los sobre atuações e pensamentos, na tentativa de intimidar e enfraquecer a nossa luta".

Procurada, a assessoria da Polícia Federal informou que não poderia se manifestar sobre "algo que não se sabe se ocorreu" e disse não poder confirmar, nem desmentir, a existência de investigação sobre os "Anonymous".