Garrincha faria hoje 80 anos, mas jogador não
tem túmulo próprio nem museu para seu acervo
no Rio de Janeiro
Um dos maiores ídolos do futebol brasileiro, Manoel Francisco dos Santos, o Mané Garrincha, disputou e ganhou duas Copas do Mundo com seus dribles geniais. Se estivesse vivo, nesta sexta-feira, completaria 80 anos. Apesar da trajetória de sucesso, a família do jogador ainda enfrenta dificuldades para driblar a falta de reconhecimento das autoridades (do futebol e da administração pública). Em Pau Grande, distrito de Magé, onde o ex-jogador do Botafogo viveu, não há um museu sobre o camisa 7. Para manter seu legado, uma neta de Garrincha, Alexsandra dos Santos, de 41 anos, conta com uma lanchonete, que foi reformada por um programa de TV, onde funciona um miniacervo de fotos do craque.
A outra opção para quem quer matar as saudades do ídolo é ir até o Ciep Mané Garrincha, em Pau Grande, onde também estão expostas algumas fotos. No cemitério de Raiz da Serra, onde Garrincha está enterrado, nada lembra as glórias do tempo em que Mané vestiu a camisa da seleção brasileira. O corpo do jogador está enterrado, desde 1983, em uma sepultura coletiva, com outros três corpos, um deles de uma de suas irmãs, Rosa Santos.
No jazigo do jogador, há apenas uma placa escurecida pelo tempo, onde está escrito que ali descansa aquele que foi a alegria do povo.
— Meu pai está enterrado praticamente de favor, na sepultura de um sobrinho dele, que morreu em 1955. Ele merece uma sepultura melhor, mas nós, filhas, não temos condição de construir um jazigo — disse Rosângela Cunha Santos, de 58, umas das 11 filhas do craque.
Em meio ao descaso, uma lembrança tímida. Hoje, a Prefeitura de Magé realiza uma festa, a partir das 19h desta sexta-feira, para homenagear o craque, em Pau Grande.
Fonte: Extra
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